quinta-feira, 3 de maio de 2012

Inclusão Digital: Tecnologia ajuda pessoas com necessidades especiais a usarem o computador 

Graças a um esforço de membros do Grupo de Robótica da Universitat de Lleida (Espanha), e com o apoio de seus patrocinadores técnicos: a Indra, uma das principais multinacionais de tecnologia do mundo, e a Fundación Adecco, todas as pessoas com necessidades especiais podem utilizar seus computadores sem precisar da ajuda de terceiros. 


Este grupo “abençoado” desenvolveu alguns projetos de responsabilidade social destinados às pessoas com limitações motoras. Um deles, conhecido como “Virtual Keyboard”, é um programa gratuito que simula um teclado real na tela do computador e o acionamento de suas teclas é realizado através de cliques com o cursor sobre o teclado virtual. Os cliques podem ser dados através de um mouse convencional, caso o usuário tenha capacidade de realizar este tipo de movimento que possibilita o acionamento das teclas do mouse. Mas se o usuário não conseguir realizar este movimento, outro programa também desenvolvido por este grupo pode resolver o problema, o “Head Mouse”. 


O “Head Mouse”, também gratuito, é um programa que substitui o mouse convencional em um computador, e que permite controlar o movimento do cursor usando além de pequenos movimentos da cabeça, responde as ações de selecionar e clicar mediante a alguns gestos da face do usuário como abrir e fechar a boca, ou até mesmo reconhece o piscar de olhos como um comando. Este programa foi especialmente projetado para usuários que não podem usar um mouse convencional, tais como tetraplégicos ou pessoas com mobilidade reduzida em membros devido a doenças ou acidentes. 

Segundo informado pelo diretor de RH da Indra, Osvaldo Pires, estes projetos de inclusão social foram desenvolvidos entre 2007 e 2008, mas tiveram seu lançamento, primeiramente na Espanha, depois na Colômbia, México e Chile. No Brasil, a novidade chegou ao final de 2009, e a partir daí, não parou mais de ser atualizado. A empresa prometeu que novos projetos serão desenvolvidos com o foco na inclusão digital de pessoas especiais. 

http://ahdigital.com.br/index.php/inclusao-digital-tecnologia-ajuda-pessoas-com-necessidades-especiais-a-usarem-o-computador/


Alguns Exemplos de Ferramentas (e hardwares) para Pessoas com Deficiência


Monitor Tátil: Possibilita a interação do usuário com o PC direto no monitor, sem auxílio de teclado e/ou mouse.

SmartNAV: Que permite o usuário controlar o computador apenas com os movimentos da cabeça.


Teclado em Braile: Que permite ao usuário conhecer as teclas do teclado através da linguagem braile.
HelpiJoy: É um joystick proporcional, que permite substituir as funções do mouse.
Tracker Pro: Permite que uma pessoa sem controlo dos membros superiores ou inferiores, possa mover o ponteiro do rato com movimentos de cabeça muito ligeiros.
Impressora Braile: Permite que o usuário realize impressões em braile.
Easylink: O EasyLink é um teclado Braille sem fios para usar com um PDA, Smartphone ou computador. É composto por seis teclas de escrita braille ergonomicamente dispostas e três botões de função.
BrailleNote: Lê documentos em grau 1 ou 2 de braille. Envia e recebe E-mail. Lê ficheiros anexos do Word. Envia ficheiros anexos do Word. Funciona como linha braille ou sintetizador de voz. Toma notas. Agenda de compromissos. Alarme. Calculadora cientifica.
Telefone TDD – Telecomunication Device for the Deaf: sigla em inglês equivalente a aparelho de telecomunicação para surdos. Permite realizar a discagem por telefone e receber as mensagens escritas na tela do computador
·     Orelhões para pessoas com deficiência auditiva e de fala.
·         Telefone Celular para pessoas com deficiência: Os aparelhos possuem softwares acoplados que permitem a leitura em viva voz de todas as funcionalidades do celular.
Mouse Ocular: Trata-se de um aparelho que possibilita aos deficientes físicos com tetraplegia o acesso irrestrito ao uso de computadores. Oferece ao usuário, portador de deficiência motora, recursos para comunicação, Internet e controle.



http://www.infojovem.org.br/infopedia/tematicas/tics/as-tics-e-as-pessoas-com-deficiencia/


A inclusão digital do governo: internet para todos 

 Através da internet, portadores de deficiências visuais (mas não só eles) pulam de um site a outro, criam novas formas de relacionamento, mantêm-se informados sobre o que acontece no mundo e encontram oportunidades de trabalho. Programas leitores de tela como o Dosvox/Webvox, Virtual Vision e Jaws for Windows reproduzem de forma sonora o conteúdo das páginas através de sintetizadores de voz. Desta forma, a limitação visual é contornada. Em fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que libera R$ 700 milhões do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para projetos de inclusão digital. E o Ministério das Comunicações (MC) se comprometeu a investir parte dessa verba nas instituições de ensino e apoio aos deficientes – uma demanda antiga do setor, que desde 2000 reivindica programas voltados à acessibilidade na comunicação. 

O Fust foi criado há sete anos com o dinheiro da privatização das teles e hoje tem cerca de R$ 5 bilhões em caixa. A previsão de rendimentos só para este ano é de R$ 850 milhões. Esta, segundo o MC, foi a primeira vez que um governo conseguiu aplicar o dinheiro do fundo em projetos da área de telecomunicações desde sua criação. 

O projeto de inclusão digital do governo começa a sair do papel como fruto de uma parceria entre o MC e a Secretaria Especial de Direitos Humanos. O resultado é a instalação de linhas especiais de telefone fixo em mais de mil instituições de assistência aos deficientes auditivos e visuais. Mais de três milhões de pessoas serão beneficiadas com a assinatura básica dessas linhas. 

SOCIEDADE ORGANIZADA - Nas principais bibliotecas públicas e universidades do País, ferramentas como o Dosvoxou impressoras em braile facilitam a vida dos estudantes portadores de deficiência. A Universidade Católica, na área central do Recife, é uma das que se antecipou à iniciativa do governo, investindo na acessibilidade à sua biblioteca central e ao conteúdo da mesma. 

Além de todos os cuidados com o acesso ao espaço físico para cadeirantes, os 63 computadores da biblioteca da universidade são equipados com kits multimídia de fácil acesso para o deficiente. Há leitores de tela e softwares que convertem o texto em braile e ainda conversores de gráficos 2D para impressões em alto relevo (Tactile Image Enhancer). Para completar o serviço, há duas impressoras e escaners em braile. Quem presta assistência aos usuários dessas máquinas e softwares especiais é um estudante do curso de Publicidade e Propaganda, Milton Pereira, que nasceu cego. (M.A.D.)


http://www2.uol.com.br/JC/sites/limites/63_equipamentos.html#txt